Não faço nada,
Que alguém não tenha feito não,
Não falo nada,
Que alguém não tenha dito então,
Não penso nada,
Nosso futuro é imprevisão,
Alguém me dê a mão,
Nessa calçada,
Vejo que os anos vão chegar,
E cada pegada,
Me mostra um jeito de encontrar,
todo esse nada,
Com medo de se machucar.
Porque tudo isso então?
Se não há nada,
Porque todos temem perder,
Todo esse nada,
Ser a vontade de viver,
Na mesma casa, na mesa que reparte o pão,
Por isso tudo então.
Quem é você?
Que se esconde, atrás de um nome qualquer,
Não aparece pra mim,
Estende a mão,
Trazendo a chuva,
Tocando o som do trovão,
será que vamos saber?