Eu vou descendo rua à baixo
Lembranças que trago em
Minha mente é puro esculacho
Sensibilizada porem forte como rocha
Engulo o choro e não me assusto
Em meio a tanto apavoro
Trás o soro, pois o mau agoro passa longe
Na paciência de monge sou guerreira
que nunca se esconde
intersedendo do âmago ao exterior
na fé com louvor, difícil seja como for
eu vou descendo rua abaixo
não quero companhia, converso com meu íntimo
não por dinheiro, brilho de cristal
princesa um dia fui, hoje rainha
e tem quem fale mau
eu vou descendo rua abaixo... Vou
eu vou descendo rua abaixo... Sei que vou
eu vou descendo rua abaixo
não à nada tão ruim que não possa piorar, eu acho
eu vou descendo rua abaixo
Quem sabe o que meu Deus guardou pra mim
Conquistando a idade eu vou descobrir
Se sabe que o mundo é mesmo assim, (Refrão)
Não espere por mim, não vou estar aqui
Vou descobrir... sei que eu vou... "
oportunismo que estiga, maldita cobiça
que transforma o ser humano em carniça
tanta cobrança, preocupação, futilidades
sem humildade à milhares de covardes
trazem o futuro pra um presente decadente e sujo
priorizam bens e jogam fora a vida dos reféns
aqueles que fizeram, construíram ideais
sonhos destruídos que ninguém hoje se lembra mais
metrópoles de pé, arranha-céus, edifícios
sincero pesar ao meu guerreiro povo nordestino
esculachado, mão de obra barata
mais um exemplo de exploração
em nossa imensa pátria
multi nacionais enriquecem dia a dia
investidor entope a tv com a tacocracia
induzindo a massa à uma falsa mordomia
tomando de volta pra gastar com pedofilia
Quem sabe o que meu Deus tem pra mim
Conquistando a idade eu vou descobrir, (Refrão)
Se sabe que o mundo é mesmo assim
Não espere por mim, não vou estar aqui
continuando rua abaixo
por incrível que pareça ainda vejo muito lixo
inadmissível nível baixo da educação
empobrecimento do intelecto da população
e por que não... em meio à tanta exploração
tirar um qualquer por fora é fácil nesse chão
real, muito além do fictício me faz passar mau
nesse mundo terrorista, grande abissal
explícito, declarado, morte lenta pra minha gente
doente e contaminada pelo império demente
O rico fala em meritocracia
Se você não conseguiu e por que não batalhou um dia
Não consegue enxergar os seus próprios privilégios
Os pretos, os pobres querem ver no sono eterno
E racismo inverso, só se eu te virar do avesso racista