Mas pra quê tanto tambor?
Pra quê tanto berimbau?
Não cabe no elevador
Ele é social
Mas pra quê tanto tambor?
Pra quê tanto berimbau?
Não cabe no elevador
Ele é social
A gente precisa ter gente
No andar de cima
Mas não desse jeito
Do jeito que a turma imagina
A gente tem que ser modelo noutro figurino
As damas no salto
E os valetes nos esportes fino
Passando da área de serviço
Pro meio da sala
Dizendo na mente, no gesto, swing
No pé e na fala
E mesmo se for chamuscado
Ao pôr as mãos no fogo
A gente precisa entender
Toda regra de jogo
Mas pra quê tanto tambor?
Pra quê tanto berimbau?
Não cabe no elevador
Ele é social
Mas pra quê tanto tambor?
Pra quê tanto berimbau?
Não cabe no elevador
Ele é social
A gente quer super estar
Sempre bem colocado
Mas nunca andando de bandeja
Levando recado
Bonito é um povo mostrar a sua resistência
Mas não de chofer
Ou de armário de sua excelência
Bacana é gente gingar no andar superior
Naquele passo de ministro
Então magistrado ou até senador
E não é num afrodisíaco papo do logro
Que a gente vai poder botar
Novas regras no jogo
Ae Maurilio!
Pode crer!
Quem cede a vez não quer vitória meu cumpade
Falou tudo Magnu Sousá
E como diz o poeta
Se o social tem dono, não vai!
O que mais me preocupa meu cumpade
Sabe coméquié? Hã!
Não é o grito dos maus, certo!
E o silêncio dos bons
Aí, veno, já dizia Martin Luther King
Vambora! Vamo junto, rapaziada!
Se liga no som de frente
Mas pra quê tanto tambor?
Pra quê tanto berimbau?
Não cabe no elevador
Ele é social
Mas pra quê tanto tambor?
Pra quê tanto berimbau?
Não cabe no elevador
Ele é social
Vou nessa!
Eu vou nessa também!