Antena
Bom dia Vietnã, to de pé mais uma manhã
Lavo o rosto e partiu homem bomba, bolado igual Talibã
De repente dá um estalo e "pã"
Até onde minha mente é sã
Tento e não compreendo a tal filosofia vã
Titã chora no divã
Rotina não tem lazer
Covardia, arapuca, viver não é sobreviver
No meu tempo, não perco tempo
É briga de Tom e Jerry
To mais pra curtir adoidado
e no fim mandar um Salve Ferris!
Na concepção de alguns, no mundo to perdidão
Antena na contenção
Sem paciência pra cuzão
So fecho com sangue bom e com os amigos tudo lock
Bases, alcool e rimas Não cola espírito pobre
Sigo nessa direção, ciente do procede
Novinha de fogo na pista, criança chora e mãe não vê
Na madruga carioca tem briga fora do ringue
Quantos Amarildos somem, é história pra Stephen King
Swing distrai a dor, amor me mantém na linha
O rap me põe na briga
A verdade me põe na trilha
No front paisagem brilha, guerrilha virando a mesa
Protegendo minhas alegrias, ignoro minha tristeza
Refrão
Eu não me rendo, não me entrego, não desisto não
Se prepare pro revide então
Eu não me rendo, não me entrego, não desisto não
Primatas na missão fodendo a conspiração
Mantena
Eu penso, não compreendo
Só vejo necessidades
Histórias, muitos lamentos
Safado Tudo covarde
Não sei se na minha vida eu vivo a cada dia
Ou um dia após o outro eu to sempre na correria
Eu tenho objetivos e sempre sonho calado
O povo desesperado quer o bom do necessário
Passagem aumenta, remédio, alimentação
Saúde lixo, merenda, arroz com feijão
Educação!
Pra que me educar
Com um povo consciente é difícil governar
Carteira assinada, férias, décimo terceiro
Professor na rua manifesta pelo seu direito
A truculência azul é mal treinada
Mas nada justifica reprimir dando porrada
Bomba, dor, sentimento de terror
O gás é de pimenta, já to sentindo o odor
Olho o desespero, não sei o que fazer
Porque to apanhando eu nem posso me defender
Tentam violar nosso direito de falar
Mas o Rap esta ai, junto com Primatas Bar
Refrão
Eu não me rendo, não me entrego, não desisto não
Se prepare pro revide então
Eu não me rendo, não me entrego, não desisto não
Primatas na missão fudendo a conspiração
Deco Alma Nobre
O mundo caminha em retrocesso cronológico
Com direito de escolha eu não acompanho é lógico!
A minha inteligência em descompasso com o relógio
Falam de democracia, mas o voto é obrigatório
Eles fodem a Amazônia, controlam até o que tu sonha
Dizem que fumar é ser bandido
que a moda é morder fronha
Mas não acredito em cegonha
nem em eficiência em Congonhas
Nem em mocinho e bandido, lenda daqui não me engana
Conto da rua é que espanta, dos pilantras "me ganha"
Se tu não tem ele planta, se discutir ele prancha
Tá chapado levanta, de vacilo se manca
Meu bonde linha de frente, chega botando banca
De revolucionário, inspiração visionário
Prisioneiro da passagem, Artur Bispo do Rosário
Que enganou o calendário, encantou o mostruário
Ontem era maluco e hoje merece anuário
Pra bagunçar o santuário, talento insano bolado
Peso pesado alá Tyson, ou infalível Romário
Só dispenso os otários e futilidade na pala
Boto fogo no mic tipo Jimmy com a guitarra
É o magrinho doidão! Mas com os pelas sangue ferve
Me dou tão bem com elitismo quanto Amy com a Rehab
Quero um mundo de valores, não de jóias e cofres
Quero amores, mas sem a obsessão de Hitchock
O que sustenta o Ibope é manipular informação
Então levantemos as armas pra derrubar alienação
Geração Coca-Cola filhos da revolução
Geração Big Brother filhos da televisão
Não! Evolução é pilotar a própria cabeça
Enquanto eles plantam trevas, nós cultivamos estrelas
Refrão
Eu não me rendo, não me entrego, não desisto não
Se prepare pro revide então
Eu não me rendo, não me entrego, não desisto não
Primatas na missão fodendo a conspiração