Na minha terra
Onde os cabras são safado
Quem me chama de folgado
Entra logo no facão
Na minha veia
O sangue não tá parado
O que corre é o baseado
Que entra pelo meu pulmão
Na minha veia
O que vale é ser falado
Como o cara que é valente
E mata tudo que é peão
A minha sina
É viver todo furado
Deixar cabra baleado
Se arrastando pelo chão
Se essa leva for da boa
Não vamo ficá à toa
Passa logo essa bola
Que eu preciso segurar
Se o muleque for danado
Ele segura agaixado
Fica meis que retardado
E não consegue levantar
Fazer justiça
É o que importa nesse mundo
Onde quem é vagabund
Só tem mesmo é que morrer
Na brincadeira
Eu mato três, eu mato quatro
Quem merece entrar no trapo
Entra até sem perceber
Não tenho medo
O que eu faço não é pecado
É apenas um trabalho
Que alguém tinha que fazer
O meu destino
É livrar da minha terra
Assaltante ou assassino
Que tem mais que se fuder
Se tu matou então não mate mais
Não dê as costas sem olhar pra trás
Se eu te encontro não te deixo em paz
Não dê as costas sem olhar pra trás
Nati*