[Gustavo 3, 14]
Choro o mundo que desaba na minha mente
Cineasta da palavra, num estilo emergente
Sigo o ritmo dramático que o mundo propicia
Melancólico rimático dono da minha filosofia
Contribuindo na vastidão do catálogo da arte
Eu faço a minha poesia no análogo do combate
Melhores amigos se tornam estranhos
Mas parceiros reais não mudam
Dinheiro, canais, contatos, e ganhos
Sobrepostos aos os manos que lutam
Irmãos eu vou conservar
Dinheiro não, porque perdão
Não se pode comprar
A paz eu quero encontrar
Sei que sou capaz
E quero mais
Pro mundo melhorar
Mundo maluco e seu conteúdo de filmes de ação
Visão do lucro, os mais altos muros, e muita exploração
Explosão, então vejo tudo se despedaçar
E ninguém junta os cacos
Ainda... querem reclamar
Dos revoltados e seus atos
Não aceite ou pague o pato
Forte massacra o mais fraco
Vários sem comida no prato
E cegos discutindo ponto de vista
Sem colírio, pro delírio
De achar que estamos na crista
Criança rica é sequestrada
Criança pobre é abandonada
Esse é o mundo comandado pelo lucro
Onde a alma não vale nada
E o dinheiro compra tudo
Em qualquer instância
Ainda confundem, o orgulho com ganância
E liderança com arrogância
Simplicidade com entulho
Futilidade é uma constância
Na sociedade da elegância
Que em meu estômago causa embrulho
Ao ver mendigos em tais circunstâncias
Rezo pro mundo mudar
Desprezo o pseudo-sucesso
Chamado progresso, que vai nos matar
Faço o meu mundo girar
Traço, sigo o compasso
Aperto o passo, pra poder voar
Pais conservadores, criam filhos problemáticos
Num país que cria atores, num teatro antipático
Sem respeito aos professores, com salários congelados
Ou incentivo a pensadores, nos colégios robotizados
Os dois lados não distintos, detentos ou distintivos
Pobre na cela, macaco de circo, rico no palco
Nada compensa a ação dos atiradores
Mãos ao alto, salários em baixa
Sem compensação aos trabalhadores
Enquanto senhores mantém o seu dinheiro em caixa
[Espectro]
Confere
Veja de cima o mundo cair
Seus olhos fecham mas sua mente expande
Deixa fluir
Eu ativo o botão de slow e vou deixando a mente em pluma
Mas vou incisivo, em quem vive o "Show de Truman"
True man, homem real
Criado na pressão do olho do sistema educacional
Sendo irracional, adormece o cógito
Penso logo existo, esquece
Os uniformes são antolhos psicológicos
Fazendo protótipos
De alguns anjos caídos escondidos atrás desse código
Civil, e de falsas auréolas
Perdidos por dinheiro e vejo poucas pessoas incrédulas
Era pra ser natural como suas células
Mas natural só é explorado tipo pérolas
Deus, da grana eu tento me desvencilhar
Mas até seu filho tá presente nas cédulas