Sangue,
sinto o sangue escorrendo
na minha face
e criando uma poça.
Medo,
sinto o medo tomando
a minh'alma
e fazendo minha cabeça.
Dor,
a dor não é nada
eu tento esquece-la
mas ela sempre volta
Frio,
Imerso e sozinho
no desespero d'alma
no vazio que exalta.
Procurei, entender a vida.
Procurei não pensar na morte.
Segui as cartilhas e as regras,
e agora o que eu tenho? O que eu tenho?
Nada,
eu não tenho nada
nem o que comer
nem onde cair morto.
Morto,
eu tenho mais valor
pois essa carcaça
não paga nem o jornal
Perdido,
Eu procuro entender
o que foi que eu errei,
onde foi que eu errei?
Sozinho,
Passo mais uma noite
sentido frio sem vela
deitado na pedra.
Tentei consertar as besteiras,
mas já era tarde para tentar.
Agora sento, choro e olho...
Perguntando: quando tudo vai acabar?