É quando o guarda-chuva não suporta mais as gotas d'água
Escorrem por seus punhos cerrados
São dores agora, articuladas.
Os joelhos já não caem mais como caiam antes
Uma força em nó se desata
É a água entrando por todos os cantos
Indústria espetacular
Nos fazem os olhos brilhar
E lágrimas como palavras a escorrer
Sozinhas escondidas dentro de caixinhas
Branca, magra, hetero!
E de dentro dos ouvidos uma voz ecoa
E do pulsar das veias multiculturais flores perfumam
E as cores de cabelos se faz revolução
E da estima interligada à razão compõem música
Força feminista
Entrelaçada a memórias
Ali está ela.
Mulheres que chegam e saem
Mulheres que saem e fazem para ficar
O corpo que te veste é água, incolor afórmica
Água que te ferve, te borbulha!
Então faça da sua água, imensidão.
Borbulhe em ondas do mar
Quebrando rochedos
Engolindo navios
Você é energia renovável, fresca e limpa!