Ainda que eu dissesse
Que sou tão sincero assim
Sei que hei de ouvir
Tantas mentiras sobre mim
Me disse um velho sábio
Que o chama de Deus:
"Escolha a direção
Que o teu caminho traço eu".
A cada passo dado
Eu me aproximo desse olhar
E a cada parada
Eu me canso de esperar
Se acaso eu dissesse
Todos os defeitos meu
Ouviria de alguém
Que meu mundo se perdeu
Na verdade o que eu digo
Já não vale mais
Acredite, não passo de um pobre rapaz
Não vou descobrir a verdade da vida
Viver da ficção é viver de mentiras
Todas as desculpas
Nem sempre são sinceras
No fundo dos seus olhos
Eu vejo uma fera
Que todo esse tempo
Se escondeu em um sorriso
E que se despertou
Deixando tudo destruído
Juro nunca mais ponho
O dedo na ferida
Prefiro mergulhar
Nesse oceano de mentiras
Com suas barbas brancas
E sua pele engelhada
O velho sábio disse:
"Escolheste a vida errada"
Na verdade o que eu digo
Já não vale mais
Acredite, não passo de um pobre rapaz
Não vou descobrir a verdade da vida
Viver da ficção é viver de mentiras.
Composição: Murilo Pommerening