Meu espírito suspende à medida em que as ondas vão construindo melodias.
Um contato entre o céu e o chão.
O infinito que me dá as mãos.
Aprofundar e sentir cada pedra em seu lugar.
Transpirar a visão de que tudo possa ser eterno, por mais que deixe de existir.
Sem preocupar, se as ondas vão ferir a areia um pouco mais.
A navegar, os barcos saem para buscar o amanhã.
Se perguntar, não diga que me viu.
Não saiba onde estou.
Tranqüilo eu vou.
O peso se esvaiu, ao menos por enquanto, dos meus ombros.
Em meus ombros.