Não me pergunte se eu quero chorar
A vida não espera minha lágrima cair
pouco a pouco eu sinto despencar
As razões que fizeram estar aqui
A noite me devora em uma só ritmia
A boca me consola na nitidez que não tinha
Sim, eu sou um corpo de vertigens
Conheço o poço eu sou um porco
Se quiseres ver, apaga a luz e veja
Olhe pro fundo
Devore o resto
Procure o pó
E perceba eu estou só
Nessa lama não declarada
Sou o fim do fim da estrada
Sou o medo da última lágrima
E o vil ensejo de transpassar a palavra.