Seu mal era a timidez
Era calado, quieto demais
Uma negação nos tratos sociais
Se escondia como um animal
E sua mãe dizia
Que parecia retardado mental nas festas de família
Não foi só uma vez
Que na balada se escondeu
Quis chegar na mina, mas se fodeu
Pediu ao padre iluminação
Mas quem diria
Que o que ganhou foi esporro
sermão e setenta Ave Maria
Por ti eu boto o pé na estrada
Contigo eu vou para qualquer lugar
Sentir teu gosto me faz dar risadas
E até socializar
No bar tudo começou
Era o Namard que o servia
E ali se embriagou e bebeu todo o resto do dia
Então se transformou
Naquele dia
E hoje planta erva no quintal da casa da sua tia
Essa foi a solução
Para acabar com todo mal que sofria
Sabe que é uma ilusão, mas prefere viver a fantasia
Bebeu sua timidez
De nada ela o servia
A felicidade agora sabe que vomita toda no outro dia
Por ti eu boto o pé na estrada
Contigo eu vou para qualquer lugar
Sentir teu gosto me faz dar risadas
E até socializar