Era apenas um moleque com censura
insegura e sonhos
saudades dos manos, saudades dos
planos dos anos
e o que fica aqui é só lembranças
e talvez uma insegurança de não ser
mais esperança e tantos perecer
tô tentando manter a cabeça no lugar
se não eu vou enlouquece
avisa os vizinho fofoqueiro
que eu ainda tô vivo
saudades do Pardal, Saudades do mano Sorriso
minha mãe com fé, que fardo, que cruz
porque cruz rima tanto com Jesus
e eu não consigo entende
que por causa de um tênis
as pessoas se esquecem o valor
do que é viver
os playboy nunca vai entende o
que que é sofre
quando não tem nada pra come e
o bagulho endoida
e quando começa a chove e
tem goteira em todo lugar
e várias conta pra paga, e o din
nunca vai chega (e ooh)
mantendo a fé e oração, um salmo
pra acalma o coração e ooh só
e da vontade de chora
e umas duas de morrer
dai sai forças da onde não há
cê tem que se reerguer
Eu sei que é treta, eu acho a vida injusta
às vezes é beleza, às vezes é labuta
Cês tão gastando letra enquanto a favela chora
com push line indecente, e só contando história
passando informação pra quem já tá informado mas
não passa informação
pra quem não foi alfabetizado
um parça tinha um 38, o mano tava afoito
de um silêncio e um estouro, uma noticia
Sicrano faleceu, e o que me faz pensa
que a Expressão Ativa aqui também sou eu
Eu sei que é treta, eu acho a vida injusta
às vezes é beleza, às vezes é labuta