Eu dormi no eterno retorno
Voltei pro rap, comecei de novo
Me sinto com 17, acordei do sono
Eu respiro arte, faz parte da minha vida, nunca é tarde
Inspiro e transpiro, eu piso em cima de quem me subestima
Mas eu não passo por cima de ninguém
Tem gente que fica do teu lado só quando convém
Lembre-se de viver
Eu tento sobreviver, eu não desanimo
Eu prefiro ter um inimigo declarado, do que falso amigo
Tu não me engana, no rap, na igreja, no teu partido
Eu sei quem trama, eu também quero grana
Tipo Tony Montana, mas antes de pisar em Copacabana
Eu pisei no chão de barro do Vasco Pires Rua 1
Eu vim da lama, orgulhoso
Entrei de sola, invejoso pisou na bola, boom!
Quem difama, me chama de mundano
Mano é muito leviano
Vejo muitos apontando o dedo e poucos estendendo a mão
Eu quero liberdade, enxergo sujeito cego pela religião
Cheio de boa vontade, a verdade é uma ideia que contamina
O lobo e o cão, alcateia ou matilha, a maldade tá na intenção
Eu sou pastor, só se for alemão latindo por comida
Doutor da filosofia na arte que eu faço
Eu sou Pablo, não Escobar, eu tô mais pra Picasso
Ilustrando a criação e doutrina
É Michelangelo pintando a Capela Sistina
Hoje é um novo dia, Deus me perdoe a rebeldia mas foi necessário
Ponto de vista, eu não sou 10, eu sou 11 do Romário
Pra correr atrás da moeda igual Super Mário
Na Pista, eu não quero mulher consumista
Que me chama de vagabundo, se vitimiza
Vitimista com todo mundo, ela destila veneno de cobra no covil
A tua fofoca parece telefone sem fio