Ele foi levando boi, um dia ele se foi
No rastro da boiada
A poeira é como o tempo
Um véu, uma bandeira, tropa viajada
Foram indo lentamente
Calmos e serenos, lenta caminhada
E sumiram lá na curva
Na curva da vida, na curva da estrada
E depois dali pra frete
Não se tem notícias, não se sabe nada
Nada que dissesse algo
De boi, de boiada, de peão de estrada
Disse um viajante, história mal contada
Ninguém viu, nem rastro, nem homem, nem nada
Isso foi há muito tempo
Tempo em que a tropa ainda viajava
Com seus fagos e pelegos
No rangeu do arreio ao romper da aurora
Tempos de estrelas cadentes
Fogueiras ardentes, ao som da viola
Dias e meses fluindo
Destino seguindo, e a gente indo embora
Isso tudo aconteceu
E o fato que se deu, faz parte da história
E até hoje em dia quando junta a peãozada
Coisas assombradas, verdades juradas
Dizem que sumiram, que não existiram
Ninguém sabe nada
Ele foi levando boi, um dia ele se foi
No rastro da boiada
A poeira é como o tempo
Um véu, uma bandeira, tropa viajada
Foram indo lentamente
Calmos e serenos, lenta caminhada
Dias e meses seguindo
E o destino fluindo e a gente indo embora
Isso tudo aconteceu
E o fato que se deu faz parte da história
E até hoje em dia quando junta a peãozada
Coisas assombradas, verdades juradas
Dizem que sumiram, que não existiram
Ninguém sabe nada