Aproveito pra viver enquanto não estou morto
Um corpo vivo, cheio de inspiração
A transpiração revela a resistência ao conforto
Confrontando o oco que corrói o coração
Um aperto de mão com o futuro
Um tiro no escuro, uma escarrada na cara do mal
Uma pitada de sal no olho insosso
Um sussurro ao pé do ouvido da esperança
A esperança não é muda
Tem voz de trovão
Estremece os alicerces
Do império do cão
Aprendendo a aproveitar
Sem apressar, com paciência
Fico de boa com o autor da existência
A aparência é apenas o que parece ser
O ser que é só aparece pra quem crer
A sorte não fica em cima do muro
A água morna é vomitada no final
A vida é mole, a ignorância é dura
Mas a vida tanto bate
Tanto bate até que cura
A esperança não é muda
Tem voz de trovão
Estremece os alicerces
Do império do cão
De pés nus caminhar em pontiagudas rotas
Derrotas, vitórias e aprendizagem
A glória ou a ruína quem faz é a ação
Vou vivendo e absorvendo a mensagem
Tô na labuta sem pátria e sem padrão
Retornando ao meu estado natural
Na real o fim do mal é perseverança
Quem busca sempre alcança
A esperança não é muda
Tem voz de trovão
Estremece os alicerces
Do império do cão