Estou caindo e não consigo ver o fim
Eu sou vazio e você ainda ri de mim
A desilusão tem um gosto amargo
O mundo é injusto e você acha engraçado
Você acha engraçado
Rir é bom, mas rir demais é desespero
Onde está a graça de quem morre por dentro?
Aos poucos vai embora a vontade de respirar
Não vejo mais em cores, já não consigo mais voar
Já não consigo mais voar
Ouro não se planta nem se colhe, na terra só frutifica o que morre
Valores questionáveis roubam a alma de quem deixa
Pois existe algo além do que é visto nesse plano
Mas pra quem só enxerga o que é palpável, este outro lado é algo descartável
Olhe no espelho me diga o que vê, não se assuste, este monstro é você
A humanidade vive em desespero
A humanidade vive em desespero silencioso
Deito na cama e prendo a respiração
Desejando estar em outra dimensão
Usei toda minha força e ela se foi
Mas ainda assim não consegui provar o meu valor
Provar o meu valor
Meus erros serão pra sempre lembrado
E todos acertos deixados de lado
De que adianta ter a alma transparente
Se ao olhar ao meu redor me sinto tão indiferente
Me sinto tão indiferente
Eu nunca vou ser perfeito pra ninguém, muito menos pra você
Sozinho eu rastejo, em busca de esperança nem que seja por um lampejo
Quem nunca se sentiu só no pó, com um nó na garganta e para si desejando o pior
Do que você se esconde?
Do que você tem medo?
No fundo o que nos une é o nosso desespero
A humanidade vive em desespero
A humanidade vive em desespero silencioso
Desespero silencioso, silencioso