A terra verte lágrimas feito um vulcão
E a grana como lava escorre em corrupção
Erupção, petrolão, imóveis de patrão
Pregando ideologias, mas indo na contra mão
Fingindo oposição
Na mesma área vip gourmet, ''ce vê''
Todo o povo pobre ''classe c''
Cegos de fome, perpetuam monopólios vivendo a mercê
Máfia do apito, copa, lagosta e marisco
Vão de jatinho, duzentos mil só de petiscos
Não correm riscos, pois julgam os próprios delitos
Merenda de escola, triplex, hélice espalhando o pó pelo sítio
Que sítio?
Nunca viu, nem ouviu dizer
Mas tem uma proposta à oferecer
Discursos e apertos de mão
Álcool gel pra desinfetar contaminação
A justiça pode demorar
Ela tarda mas não falhará!
Só jah é quem pode aliviar
A dor que um dia acabará
No jogo da negação
A única certeza é a da conspiração
É tanta obra parada
Superfaturadas aguardando uma nova licitação
Departamento de propina
Dólar corre pelos canos da refinaría
Furnas golpeada por formação de quadrilha
Urna adulterada, falha na democracia
E o povo que chora crê
Em um super-herói sem capa armado de caneta e poder
Elite do alto escalão
Ganhando trinta vezes a mais que a população
Pra rato sujo, minha voz é a munição
Letal poesia, fagulha no canhão
Reforçando o verso escrito na canção
''um país assim é o que eu não quero pros meus filhos não... ''