Refrão
Não serei caduco, ousarei minha sorte
Julgaram maluco quem vive a brincar com a morte
Eu sou mameluco, sou de casa forte
Sou de Pernambuco, eu sou o leão do norte
Eu sou o frevo, maracatu
Os rap que toca direto na praça
Xenofóbica abolição
Enquanto os manos fazem fumaça
A juventude que a ideia abraça
Nota que é forte enquanto o tempo passa
Sem mancada a troco de nada
Só espanco quem julga o nordeste, uma raça
Eu não aturo farsa do falso
que laça o preconceito em massa
Povo guerreiro no Brasil inteiro
que eu vi brindando vitória na taça
E aqui me encontro sem dar desconto
ao lado de todo o cacife
Sacode a cabeça de domingo a terça
como o Lenine sacode o Recife
Ah, nós dispara, vejo quem se separa
então se prepara
E nós te informa
vamo resgatar a essência rap de qualquer forma
Ah, e não para, tu nos odeia
sem tomar vergonha na cara. (Vacilão)
E não se conforma, então volte a raiz
porque o bom filho a casa torna
Refrão
Não serei caduco, ousarei minha sorte
Julgaram maluco quem vive a brincar com a morte
Eu sou mameluco, sou de casa forte
Sou de Pernambuco, eu sou o leão do norte
Área dominada, me perco na fé
Me encontro na estrada, toda esburacada
Governo faz nada, não altera parada
Outras mil Pe, Brasil: a pátria amada
Recife, terra queimada
Loucuras, hit, verme embaça, esconde na fumaça
Curtindo as lapada, quinta viajada
Tô no corre, de frente com a morte
Leão do norte, os que causa tumulto
Só os loucos que pode, orgulho não fode
Leão da norte, a luz do escuro
Sou Pernambuco, Hellcife, Ipsep
E quanto mais eu protesto no rap
Vejo que mais descaso me aparece
Não sou matuto, sou cabra da peste
Eles não legalizam e ainda morre os moleque
Hellcife, criminalidade tá grande demais
mas vista com tanta naturalidade
''Oxente'', encontro a paz
4: 20 não, vish, atrasei demais
Vou ter que me arriscar na favela para encontrar paz
Refrão
Não serei caduco, ousarei minha sorte
Julgaram maluco quem vive a brincar com a morte
Eu sou mameluco, sou de casa forte
Sou de Pernambuco, eu sou o leão do norte