Queria não querer Quanto te quero
Não respirar o ar Que vem dessa paixão
Atravessar as ruas de olhos fechados Pisar todas as gramas
Que atapetam as ilusões
Despetalar os sonhos
Assombrar espelhos Pichar todos os muros
Dessas nossas transversais
Queria nunca mais Noites em claros
Olhando a fumaça de um cigarro desenhar
Imagens distorcidas de dois corpos num abraço
Corações partidos, Labirintos, caracóis
Queria nunca mais esse desejo
O medo sufocante de sofrer mais uma vez
Queria se capaz de apagar seus rastros
Preencher os espaços com pegadas de outro amor