Não sei por que o destino
Gosta de brincar comigo
Por amar a quem não devo
Já é um defeito antigo
Eu tentei criar juízo
Já pelejei, não consigo
Acho que é mal de violeiro
De um coração fuleiro
Acaba sendo inimigo
O meu coração é bobo
Que nem jacu de tapera
Basta ver um rosto lindo
Que logo vira uma fera
Se derrete apaixonado
Quando menos se espera
A paixão que me enrola
Eu rebato na viola
O resto meu peito intera
Meu coração leviano
Me traz de canto chorado
Com duas paixão por hora
Só bate descontrolado
Num momento está feliz
E no outro apaixonado
Eu descarrego nas cordas
O remédio é fazer modas
Para não morrer pirado
Estou amando uma morena
Que é cheia de preconceito
Ela me quer só pra ela
Seria um amor perfeito
Desta vez a coisa é séria
Nem a viola dá jeito
Arrancava se eu pudesse
Coração que não merece
Mora dentro deste peito