Sou cidadão do infinito
Meu passo largo atravessa o céu
Olhar pesado percorre todo o rito
Escuto longe quem me chama ao léu
Tons imperfeitos afinados
Embora calado soa meu grito
Já não sou eu quem habita o corpo
Vim penhorar o meu espírito
Vim assinar o documento
E o meu papel é de tecido cru
Tecido quente do meu ventre
Das entranhas faço o pacto
E assim terei minha força de novo