Foste tão fria ao perceber que o inverno é quente
Nociva ao me dizer que está contente
Notando-me com olhares defumados pelo sol
Perdi a força ao divagar em minha janela
Agora é só mais uma imagem bela
Curando o hipotálamo ao vício desse nó
Foste tão forte ao esquecer de meu presente
Perdido em mais uma gaveta quente
Chorando aos ombros de suas meias de algodão
Amaciando e confortando
As minhas feridas em vão que secaram e deixaram
As marcas no meu chão
Amanheceu dentro de mim
Meu frio descoloriu o seu jasmim
Meus olhos cerrados (é eu sei)
Imaginam a nossa aliança (eu era criança)
Mas hei de crescer
Ao ponto de não mais te querer
Mas sempre há de ficar
Alguma imagem em câmera lenta
Pra recordar