A vida é breve
A alma é vasta
Quanto leve e azul é o céu
Num fictício mundo
Ocultado a sete véus
E olho impávido e absorto
Como quem parece ver
As flores, tantas cores
Tantas dores de viver
Tudo quanto penso
Tudo quanto sou
É um deserto imenso
Onde nem eu estou
Inconscientemente vivo
Não preciso compreender
Pois tudo é tão incerto
E disperso ao saber
Nem quero estar susceptível
Submerso à visão
Prefiro o sentido
Distraído da razão
Tudo quanto penso
Tudo quanto sou
É um deserto imenso
Onde nem eu estou