Vem na surdina sina, minha rotina desanima,
Vai na fina pensa que aluscina, ta por cima
Quem te nega, pega não se apega nem fascina
Tenta as horas passam tempo, espaço, dia não termina
Pobre de nós, não nos deram escolha,
Vivemos na bolha trampar ou encolha
Que bom seria se my money fosse como folha
Mas necessário fardo ardo gosto amargo
Pra que um dia colha
Te quebrar parece possível,na minha frente nada visível.
Esse cúmulo é previsível como virus é transmissível,
Deixa eu sentir meu tabaco no ato um gole no alcool
Pra abaixar o nível
Já tentei escapar, já não da pra aguentar,
Minha cabeça queimou o fusível.
Cansaço, loop do dia a dia no compasso,
Só se eu fosse feito de aço.
Pra aguentar da mais um passo,
Sem quebrar o ritmo na gigante fila de espera
Seta e ultrapasso.
Pra sair fora ta osso quando o relógio desperta
Replay na mesma cena nenhuma rua deserta.
Máquina, homem, robô, nave na sua frente se for,
Um dia, um mês, novamente é fim de ano outra vez.
Fregues, fabricante, camponês, comerciante,
Executivo e distintivos quem ta vivo que faça o corre.
Mas analise por si fica sempre na mesma
Até mesmo uma lesma vai ir mais longe que ti.
Aprisiona e liberta já foi certeza incerta,
Minha sempre fica osso quando a grana aperta.
Salvou o depressivo, enjaulou o criativo,
Quando cresci ela levou parte dos meus amigos.
Não é ser revolução nem pagar de anarquista,
Segunda a sabado cabresto e domingo tem missa. (não)
Questione cumpra, obedeça,
Assista a tua vida indo embora folheando revista.
Dejavu cotidiano criador de revolta
Se for pra controlar o tempo nem sempre você volta.
A hora que resolver enfrentar o dilema
Vai descobrir que acordar cedo nem sempre é o problema.
Mais um dia oportunidades vêm e vão,
Correria 7 da matina forte inicia a pulsação.
No busão lotado, vejo vários sinal fechado,
Penso e paro mais um semana vem,
Pesado é o fardo a ser carregado.
Se adapte meu caro, permaneça calado
De preferencia sentado. é proibido cigarro.
No horario de trampo acho a brecha
Levanto espanto a zica da rotina enquanto canto.
No scratch mental, traço a linha dos arranjos
Visualizo o peso das rimas
E o preto fosco em muros brancos.
Quebro as correntes da escravidão mental.
Livro-me logo de prantos e a avisa pro bucha
Busca continua pra satisfação
E ainda os meus manos, é foda nego.
Parece fácil mas é dificil, mas vamos lá
Voltando ao inicio vaaaaaai.
E a família benfa?
O de costume.
Na correria mira é para atingir o cume.
Assume cada um a sua função.
Da um grau no volume e resume
Que um cardume é mutação.
Que move ação me prove que não ou então reprove.
Afoito ta osso duas horas de almoço,
Você sai as dezoito e eu as dezenove.
O fardo é pra todos aguentar
Não é pra poucos ficar louco e o pensamento dissolve
É que chove la fora e eu aqui na com minha tora
Porque amanhã eu só entro as nove.