A rua
Lá vem de novo o vento, a chuva e o tempo têm um tom
cinzento, piso o asfalto que a pouco a chuva por
inteiro lavou...
Na rua vejo sombras de um dia e o seu lamento
lembrando os passos que minha mente lentamente
firmou...
E vem chegando à noite a lua tarde a brilhar, a vida
vira açoite e não sei onde vai findar
Se vou chorar não sei, se vou rezar pra que Deus? A
linha que tracei esta manchada por pneus
Lá vem de novo o vento, a chuva e o tempo têm um tom
sombrio, corre no asfalto lágrimas de um pranto que o
céu despejou
As sombras já me tocam no silêncio de um calafrio e os
raios iluminam as escadas que o Éden privou
Sei voar... Caminhei, pela luz viajei... Sangue e fel,
chão e dor e a escuridão meu redentor
Tristeza vem encharca os olhos de quem... Não tem
ninguém e a rua vai mais além
Se ando mais todo o meu rastro se desfaz... Já que
parei então pensei que um outro dia aguardarei