Sou um sambista fingidor
Finjo que danço
Que canto
Que balanço
Que tenho samba no pé
No pé, só tenho frieira
Unha encravada e chulé
Minha cintura é mais dura
Que a cabeça do Pelé
Mas quando de mim te aproximas
Dos meus dedos nascem rimas
Desentortando-me o corpo
E um vivo sai de um morto
A sambar no botequim
Sou um sambista fingidor
E assim sambando
Eu conquisto o coração
Do meu amor