São como ratos caídos no esgoto
Escravos de sua própria ambição
Rastejando por um pouco mais de poder
Escravizando quem mal começou a viver
Humilham, enganam, vendem a própria alma
Lidam com pessoas como se não fossem nada
Usam sonhos e medos como armas principais
Maximizam o terror e sempre querem mais
Eu sujei as minhas mãos com as mentiras do trabalho sujo
Deixaram uma marca que me faz lembrar que eu tenho que lutar
O que você fará quando tiver que nos enfrentar?
Como conseguirá viver em paz com a culpa?
Imagine o brilho dos olhos que você apagou
Fervendo em remorso pelas dores que causou
Ainda sinto os nós em minha garganta
Restos de algo tão longe de acabar
Terei de viver sempre cedendo a face a bater?
Ou devo fazer justiça com as próprias mãos?
As crianças inocentes que perderam a dignidade
As mulheres que carregam o peso da brutalidade
Todas essas vidas ainda olham por nós
Só assim percebemos que não estamos sós
Amanhã ou depois, chegará a hora de cada um
Bata em retirada, se depender de nós não restará nenhum
O que você fará quando tiver que nos enfrentar?
Como conseguirá viver em paz com a culpa?
Imagine o brilho dos olhos que você apagou
Fervendo em remorso pelas dores que causou
Composição: Juliana Ribeiro