Como pode ser?
Como podemos permitir
Se são nossos irmãos por aí?
Como pode ser?
Como podemos aceitar
Se são nossos irmãos a chorar?
Sob a lua
Pela rua
Privados da dignidade de produzir
Aflitos
Em conflitos
Seus delitos delatam as sombras à seduzir
Avante guerreiros da luz
Anjos terrenos
Seres afins
Armada celeste
Alva é a veste
Meios qualificam fins
Ao porvir, ao vindouro
O agora é o tesouro
As trombetas anunciarão
Os messias de saias
Estão pelas praias
Nem todos reconhecerão
Como pode ser?
Ações são grilhões
Que nos soltam ou prendem
Olha a pedra que pisa
Toda culpa é só nossa
Mas nada há que não possa
Leva a reza da bisa