Meu trabalho é pra cachorro
Mata mais que gato lá no morro em tempos de carnaval
Eu engulo sapo, escapo de um sopapo
mato um leão por dia
Será que o jenipapo ainda tem fiapo?
E o pato puxa um papo com a galinha?
Quando a vaca vai pro brejo
Faço um desejo lá pro realejo
debaixo de um temporal
Escondo as lágrimas de crocodilo
cochicho com o esquilo
que o grilo não me deixa dormir
E num cochilo tranquilo eu vacilo e deixo a peteca cair
Essa nossa vida de cão, Não se finge de morto irmão
Quem trabalha é o vira-lata
E os cães de raça vivem na mamata
Como um peixe fora d'água
Uma anágua sem a sua barra, levanta num vendaval
Sai daqui seu amigo da onça
ainda mais se a onça é sonsa
a vara curta não vai resistir
Oxalá se a nossa geringonça não engonça
e a gente pode fugir, daqui
Um cabra da peste
Lá do leste do agreste me contou
tá um calor infernal
Aprendi que a barata tonta não amedronta
ela conta e canta histórias pra guri sorrir
Anda, se apronta que o ponteiro já aponta às 10 horas
a gente tem que ir
E as formigas operárias, Vão seguindo seu caminho
E as hienas do planalto Comem pizza sem sujar o colarinho