Caneta no papel mente flutua
penso no melhor jeito de descrever a rua...
dinheiro, mulher, role, fita
“os cara chama”: - não dá nada essa foi dada é sem chance de cana
crime perfeito sempre foi teoria “cumpadi”
pois o final é funeral ou grade
você tem medo mas a noite invade
e as conversas sobre lealdade estende
quem é de verdade “os maloca” sempre sabe entende?
eu sinto mó respeito
cristão “p’ros irmão” ta dentro do peito
não sou do corre mais mas não descrimino
não te subestimo e nem te rejeito
“-vishe! us homi passa” nem sei qual a situação
se enquadrar me perguntar:- eu nada sei mestrão!
“ se pá os tiro que eu ouvi acertou
se pá mais um já se foi sem boi se moscou!”
“-maluco a chance é pouca só se fala em fita boa, pra quê viver tensão ladrão se a vida é louca
viver sem grana enjoa eu não nasci a toa eu quero meu lugar na terra da garoa!”
mas a índole que comigo nasceu, me diz que eu só tenho direito ao que é meu
extinto é um barato que não dá pra entender
eu morro sem dinheiro, mas minha mãe não vai sofrer
pelo dinheiro “ muitos traiu até deus”
se envolver com o crime, aí adeus
“a vida as vez leva nóis ao buraco
eu posso ir mais fundo se eu for um cara fraco
eu sei o quanto dói criar um filho na favela
não “guenta” vê tv vê os boy na novela
futebol, mulata, carnaval o ano inteiro
Se isso for cultura eu não sou brasileiro