Na vida se cai,
Se leva rasteira.
Quem nunca caiu
Não é capoeira.
Sapeba ES
Quem cai, leva tombo
tem nó na madeira
Do lombo de quem
já lutou capoeira.
De agora em diante é
no queira ou não queira.
Me espante essa preguiça
que parei de brincadeira.
Vai, meu camará, que na palma da mão
Roda o mundo e gira a roda,
Nessa moda a cirandar.
Vai num pau-de-arara, vai socar pilão.
Todo mundo se acomoda e
Vamo embora borandá.
Rapadura é doce, mas não é mole, não.
Não se perca de seu fôlego
Encha o peito e vamo lá!
Resfolega o fole que sobe do chão,
Com triângulo e zabumba,
Uma poeira de lascar.
Segunda-feira fico assim meio cabreiro,
Na terça eu acho que demoro a acostumar,
Na quarta-feira um desatino bate dentro
Que aperta no centro, mas seguro esse rojão.
E a quinta-feira é mais um dia corriqueiro,
Porém na sexta eu vou cair lá no salão,
Me aconchegar à mulher,
Lhe dar um cheiro que só
Cafunga o acordeão,
Pisando no arrasta-pé
Que 'tá de bom pra melhor
E nada pode parar, não.