Quando eu era crianças não era assim.
Mundo meu de esperança não era assim.
Ah, meu Deus! Aos dez anos não era assim.
Tantos sonhos e planos... Tem dó de mim.
E correria no campo.
A canção de acalanto
Que o tempo fez questão de carregar.
E falava de vida.
Me vestia de paz.
Bons tempos que o vento já não traz.
Hoje, meu barco já desbravava o mar.
Meu coração menino.
Pois aprendi a navegar.
Pro mar me leva.
nas bravas águas dessa vida não vou mais parar.
Ainda que me acompanhe a solidão.
Meu coração me leva.
Meu tão cansado coração.
Pro mar menino.
Recusa-se, dentro do peito, a arrumar um jeito
De dizer que não.