Me pague um lanche ou um almoço
Me embrulhe em jornal de ontem
Me conte notícias leves
Que é pr'eu dormir sossegado
Me pinte de violeta
Viole as notas que eu canto
As notas expostas denotam
A fragilidade dos versos
O cão que ladra não late
O cão que come não morde
A fome sufoca o grito
Que a lata vazia esconde
O som da lata alarde
O latido em movimento
O riso rasgando a culatra
O corpo frio, o cimento
O plural de sede é água
O plural de sede é água
Então mata essa necessidade singular