Em meio aos bêbados dos bares
Na chuva e nos mares
Em meio a tanta morte, outro lamento no jornal
De todos bares e favelas
Os jovens nas vielas
Vivem outro dia normal
Sem escolhas, largados a própria morte
Outro dia sem sorte
Pois é!
Mais um morreu de frio essa moite na praça da Sé
Para ele é que eu canto e solto a voz
Só se calem e ouçam A Música
Os Índios e os tambores
Burgueses e seus temores
Nenhum deles escapa
Outro estudante no muro
Menos um voto outro burro, que vive atrás da capa
Pois é!
Sempre o herói que salva o dia
Porque sempre os mesmos erros são os que tiram a alegria?
Fizemos tudo certo mas não ouvimos A Música
Calem-se e ouçam A Música
Calem-se e ouçam A Música
OOh yeah
Sempre passa batida, mais uma data perdida
Até a rádio envolvida, que se encontra é uma ferida
Que foi deixada pra sangrar
Já não se fala das flores, se prefere o canhão
Ainda somos tão jovens mas preferimos ouvir outra estação
Dando tanta cabeçada, nunca da em nada
Mas o erro não é a canção
Só ouça A Música
Calem-se e ouçam A Música
Ooh
De tanto reclamar, acabou que se esqueceu
De tanto gritar nenhum outro entendeu
Mas fique calmo, isso irá se resolver
Desligue o som, cale-se e veja A Música
Uuh, a música