E sou do mato e moro lá perto do brejo
Vivo admirando o Tejo
Com a cobra se pegar
Acho bonito quando a crumatá desova
E o milho rachado a cova
Procurando germinar
Sempre me banho na queda da corenteza
Tenho sempre em mim mesa
Cosas que eu mesmo plantei
Vivo tranqüilo aqui nesse pé-de-serra
Trabalhando com a terra
Que de meu avô herdei
É minha lida, é minha lida
Trabalhar de sol a sol (Bis)
Pelo resultado da vida
A mulher passa o dia com o rádio ligado
Enquanto tou no roçado
Limpando nosso feijão
Se o vento sopra lá pra onde eu tou limpando
Eu escuto ela escutando
Seu Luiz, rei do bailão
Quando o sol arde meu roçado fica murcho
E despertador do bucho
Diz que é hora de almoçar
Chego na porta sinto o cheiro de um guisado
Entro e como apressado
Pra voltar pra trabalhar
É minha lida, é minha linda
Trabalhar de sol a sol (Bis)
Pelo resultado da vida