Encontrei um melro com uma asa partida
dei-lhe de comer e acompanhei-o à melhoria
ensinei-o a cantar melhor do que sabia
e a voar com muito mais alegria
Mas ele afeiçoou-se e quis ficar comigo
Rapidamente me tornei do melro um amigo
Pouco tempo passou mas não estava mais ferido
e no fim acabou por fugir
Se eu sabia não dava de comer ao melro
que fugiu e me enganou
Não pegava nunca nele ao colo
Deixava-o a solo num lugar onde alguém também o deixou
Melro, onde vais? - perguntava eu baixinho
Por favor, rapaz, deixa-me estar aqui sozinho
Vamos ao café... comer um gelado... os dois?
Não me apetece agora. Fica pra depois