Do mais um giro no mundo enquanto o próprio não acaba
Prisão na matéria é aqui a onde a alma se estraga
Tem quem indaga e quem só cego segue
E mal enxergue o quanto mal te persegue
Não caio do muro com a rima me curo, onde me seguro
Se sente seguro? tente viver o presento foda-se o futuro
O nome já diz, é um presente que foi dado
A morte persegue jogando com a sorte
atirando seus dados
Dessa vez não fui mas daqui a pouco ela volta
Me chama convida surra no ouvido
e eu mando ela dar meia volta
Da minha janela eu já vejo desgraça
Se o mundo acaba-se eu gargalharia (haha) de tanta graça
[ref]
Já faz tempo que o tempo acabou
Eu olho meu relógio e nem sei onde estou
Já faz tempo que tempo acabou
Atraso meu relógio e nem sei mais aonde estou
São apenas para o fim do mundo as minhas preces
então se apresse
Pois pra acabar tá prestes
só mais algumas bomba terrestres
Chacina vem deis da época que se fazia pintura rupestre
Salvação não virá e se vir não celeste
fodam-se seus mestres!
Nossa espécie se torna especificamente um parasita
Mas vamos fingir que nada acontece
e ir pro bar se derramar na birita
Paraísos artificiais não aguento mais, minha mente evita
E com isso se tornou tão leve que quase levita
A morte sai por ai e vai dançando valsa ou ciranda
Pode estar dentro de sua casa
te observando da sua varanda
Mas não derrame lágrimas agora
mantenha sua cabeça erguida
Mereceu o final se nunca soube valorizar a vida
[ref]
Já faz tempo que o tempo acabou
Eu olho meu relógio e nem sei onde estou
Já faz tempo que tempo acabou
Atraso meu relógio e nem sei mais aonde estou
Nota explicativa: baseada na ideia
de que desperdiçamos nossas vidas
enquanto aspiramos o tempo e Expiramos a morte
estamos vivendo todos os dias aprisionados
a mesmice sem faze jus a própria existência
Não sendo assim digno da vida