Essas fontes onde bebi
Foram pontes pra ilusão
Foram postes onde escondi-me
Sob a luz
Tantos meios e só um fim
Meus receios da solidão
Foram teias pra esse estopim
Eu e a cruz
É a minha condição...
Dos meus gritos, dos meus anseios
Dos meus lutos, das minhas lutas
Pela verdade, das minhas crenças
Só restou
Na moldura do espelho
Liberdade
É a minha condição...
O eco dos meus urros
No escuro no silêncio
No extenso labirinto
No recinto do não senso
O que penso na vereda
Nessa tenda que me encontro
Que o monstro sou eu mesmo
Nesse abismo que é o tempo