Eu firmei meu pé
Num cavalo sem a sua montaria
É tão bonito ver o mar
Se hoje bicho não te espanta
Bicho, bicho
Bicho, bicho, bicho
Bicho não me assusta mais
Eu não tenho medo de você
Nem sinto medo
Nem do seu capataz, do seu capataz
Na falta de você
As conjugações caem no chão
E me fazem ver
Aah!
O paraíso desaba e eu fico rindo do barulho
Que ele faz
Quando a brasa queima e meu olho de longe vê
Fritando, fritando, fritando, fritando
O último documento
Que faz com que a última beira de sangue
Fique escorrendo na valeta
Mais suja da rua dessa terra
O mau e horror dessa terra
Continua a mesma
E não tem cura
Não tem alegria, não tem terreiro
Não tem maré
E pros próprios perdidos segredos
Procuram uma cura que eu não sei
Se posso encontrar
Então, sobre voar, sobre voar
E sobre dizer que sou a dona de qualquer
Ciúme
Ciúme meu
Então eu vou dizer
Pra acabar com a rendição da minha carne
Amarrada a tua carne
E no desastre
De ver você morrer
Sem ter ninguém pra te enterrar
E ver você apodrecer
Na mesa dura de um altar
Com aves rapinas beliscando
Beliscando sua carne
A beliscar
Eu não vou
Eu prometo que não vou mais
Mais chorar
Mais chorar