Não consigo ficar em casa
Olhando aquele luar bonito na calçada
As estrelas me esperam sair pra aparecer
Pois conhecem meu jeito de ser
Não consigo voltar pra casa
Enquanto o último bar não fecha suas portas
Arde dentro de mim a brasa
Que só se apaga diante da luz do sol
Cavaleiro solitário, capitão da meia-noite
Um contrário inesperado com os olhos bem abertos
Sem saber o que vai ser amanhã
Não espere por mim de dia
A claridade me cega e a cama é tão macia
Criatura noturna esperando o sinal da luz artificial
E afinal sigo libertado no susto dessa cidade
Saio fascinado, pela estranha magia do mundo
Que se desmancha diante da luz do sol.