O tempo apaga tão bem as memórias
quase não me lembro mais
da tarde em que deixei a tua mão
como o navio deixa o porto bom
E os ventos da sorte
levaram a branca vela dos meus sonhos
e se perderam nas brumas do tempo
Sigo teu rastro nas águas
pelo resto da vida
a noite no corpo
mas na brisa teu nome
Mente que viaja
no veleiro do corpo
buscando entre os sonhos
e ilusões teu porto
Guia o meu sentido
Estrela cintilante
ó Mãe das grandes águas
dormindo mansamente
no fundo dos meus olhos
no fim do meu caminho
te esperarei sorrindo
Veleiro de Luz
eu te encontrarei
Vida que renasce
das cinzas das fogueiras
dos pássaros que cantam
depois das tempestades
Navega nas estrelas
no sonho dos meninos
ciganos dos caminhos
no fogão da paixões
na cruz do coração
nascerei livre semente
o vento das florestas
filho do Pai Sol
eu retornarei