A TEMPESTADE
(Do album: "Entre(tanto)")
[Verso 1]
Dias de chuva, dias de merda, dias de vento,
dias que me fecham no meu sofrimento/
quando o medo se apodera de ti e de mim,
parece que este medo não tem fim, é infinito/
é incurável, na aparência,
para cada um ter a sua excelência/
que se foda isso, que se foda isso tudo,
pessoas querem mudar o míudo, mas eu não mudo/
queres um puto positivo quando esse não existe,
não me contradigas foi isso que tu pediste/
e isso é triste, não há ninguém que não concorde,
sócios querem viver a life do morph/
e essa life morph, feedback constante,
perigosa como ires crazy ao volante/
tu queres o movimento, movimenta,
tu que eras o talento, então rebenta/
criticamente aclamado pelas ruas,
que são tanto minhas, como tuas/
porque é que o mundo não dá o valor que merece a rima,
só unidos é que isto vai pra cima/
[Refrão x2]
Todos no caminho à procura da verdade,
muitas nuvens juntas dão sempre uma tempestade/
os dias nunca param porque o tempo não espera,
por mais que tentes já não voltará ao que era/
[Verso 2]
Não te apercebes do começo, só te apercebes do fim,
Quando não tens o que pretendes a vida pode ser ruim/
Porque todo o pormenor é importante na batalha,
O elo quebra sempre quando menos calha/
Chocalha o Mundo, o que é que ouves? não ouves nada,
a bateria está estragada, já foi muito utilizada/
Ouve a consciência elevada,
porque a situação não está estabilizada/
Sócios a fezarem sócios pela surra,
a pensarem que a mente é burra/
como podem fazer essa cena se é contra as leis,
para essa merda eu já abri os olhos desde os 16/
Um gajo fica abalado, fica fodido,
a pensar qu’o mundo está perdido/
já não existe a tal cena que se chama irmandade,
por causa da tempestade/
[Refrão x2]
Todos no caminho à procura da verdade,
muitas nuvens juntas dão sempre uma tempestade/
os dias nunca param porque o tempo não espera,
por mais que tentes já não voltará ao que era/