O mundo é tão grande
mas parece que é tão pequeno às vezes
Na imensidão do universo peso quanto penso
Aonde acabei parada tô sem documento
nem sei o que faço
24 Anos sem conquista alguma
sinto que tô flutuando a toa sem paradeiro no espaço
Nunca quis o mundo só um pedaço
Não passa nenhum cometa aqui
pra mim fazer um pedido de abraço
É engraçado o rumo que a vida toma
Ce toma muito cuidado pra nada ruim
penetrar na redoma
Na impressão que algo conspira
Mas é melhor eu nem pensar nisso
senão minha cabeça pira
Poucas escolhas, pouco tempo
O vento derruba as folhas da arvore do jardim do templo
I'móvel como pedra, mas não tão duro como rochedo
Sem mentira penso no futuro e fico com medo
Não é segredo que o homem moderno
pensa que é dono do mundo
E pra ter o que quer é só estalar o dedo
Quanto tempo faz
Eu que já não aguento mais
O que sobrou pra mim? Escuridão sem fim
Algum tempo atrás
Talvez se eu tivesse pensado mais
Não seria assim, hoje eu vejo o que sobrou pra mim
Será o olho a janela da alma?
Mas muita calma nessa hora amigo
se liga só ouça o que eu digo
Com quem olho você enxerga o mundo
E até qual profundidade você vai
tá no raso porque nega o fundo
Sem maldade sai, fora disso tudo
A vida é tão inútil quando se resume a um consumo
Porque ce compra, ce compra, ce compra então se isola
Mas se consola com o que c compra
C compra se descontrola
E não te leva a nada sua felicidade felicidade enganada
Por propagandas televisionadas rádio, revista
outdoor, propaganda
Famosinho investe em ong e fala: Aí que dó
Propaganda é a liberdade de comprar
não sei dá pra compreender
pois até o nosso tempo livre
É ocupado com o que querem nos vender
Até porque, quais seus valores ou qual seu preço
E, sobre a pergunta do começo que eu pedi calma
Com que olho você enxerga
quando a propaganda é a alma
Com que você enxerga
Quando a propaganda é a alma