O novo poeta surgiu
Junto com ele toda a sua alegria
Vem jogando pelas ruas
A arte em perfeita harmonia
Pena que as pessoas de mentes presas
O julguem como um louco
E da vida não esperem novas surpresas
Pois não acreditam em um mundo paralelo
Que se tece pouco a pouco
Em um universo bem mais singelo
O novo poeta, porém
Vive o hoje, com tamanha empolgação
Que se deixa levar
Sendo taxado de "sem-noção"
Irresponsável? Sem limites?
Acho que já fomos moldados demais...
Diz o que foi que aconteceu
Ninguém pode julgar
A esperança ainda não morreu
O poeta vai achar o seu lugar
Agora para domar o poeta
Veio a donzela
Sombria e muito discreta
O acorrenta, seduzindo-o
Agora seu mundo paralelo é real
Encontrou o que tanto querias encontrar
E muitos o alertam, isso vai te fazer mal
Mas agora é tarde, o poeta se encontra imobilizado
Agora finalmente, reconhecido e valorizado
Todos que outrora o julgaram
O defendem da sombria donzela
Como se sempre o tivesse amado
Mais uma virada que a vida dá
Em uma das curvas perigosas,
Por onde ninguém quer passar
E agora ao redor do poeta desprezado
Todos cantam em sua homenagem
Como se pudesse esquecer todo o passado
O futuro agora é incerto
Não se sabe por onde anda o poeta
É como se o caráter sombrio da donzela
Se espalhasse agora em tudo que há por perto