Quem está pronto pra viver?
Ninguém está
As balas estão aí... é
Menta, tutti-frutti, canela na minha janela
Saliva doce, doce sede
Ultraje banal, bala quente, seca, rápida, veloz
Veloz na carne, ilhós no pulso
Milhões no curso e sem pulso eu não posso não
Sem pulso eu não posso não
Posso não?
Quem está pronto pra morrer?
Ninguém está
A bala perdida, achada no corpo
Na mira de fogo a poça de vida consumida, sumida
Pra nunca mais, pra nunca mais
No peito aberto um poço
Camisa-colete, um fosso
O moço caído, um dorso atingido
Um horto de rosas!
Um moço morto, um dorso torto pra nunca mais
Pra nunca mais