Amanhã quase ninguém mais vai lembrar
Das promessas e confissões
Noites longas e as ilusões
Ao redor da fogueira
De manhã, restos jogados pelo chão
E de longe aquela impressão
Terá sido real? não sei
Ou mais uma besteira
Sobre meus ombros eu posso levar
Fardos que talvez não deva mostrar
Não sou escravo, nem santo e tenho segredos
Meus erros e glórias sepultos estão
Em páginas velhas escritas à mão
Versos, medalhas, o peso das eras, escombros
Jazem sobre meus ombros
No final, sem juízo, sem direção
Quem vai junto a mim se lançar
Noutra guerra sem lei, talvez
Ou se entregar de vez
Afinal, quase ninguém vai se importar
Cada um tem suas razões
Mas antes de me condenar digam o que são vocês