A cada verso que eu verso eu traço minha caminhada
Vejo a mente dos amigos se perder na madrugada
Numa ilusão de momento de falsa satisfação
Se sentem mais satisfeitos com toda alienação
Madruga onde a maldade o frio e o ódio impera
Onde a mãe é a irmã bem vindos a nova era
Era onde eu só vejo traíras trutas e tretas
Lampiões de nick shock cordão de prata e bombeta!
Onde carrega uma história cada bala cruzada
No brasil o filho chora e a pátria amada não faz nada
Onde o corte da adaga ameniza o sofrimento
Pra o desfavorecido o que basta é um momento
Momento pra ele ver a sua vida mudar
Limpar o ombro lava o rosto e do chão ele levantar
Dar a volta por cima e esquecer o que aconteceu
Os caminhos desandados e os erros que cometeu
É muita treta tanta coisa nessa letra pra falar
Quantos na frente é amigo e por traz vem te apunhalar
Que vim de blá blá blá, pra o meu lado nem da
Minha fé move montanhas mete a cara vai tentar?
Mundão sem esperança e cheio de arrogância
Ainda ouço dizer que o futuro é as crianças
Que lutam! Por um resto de pais destruído
Se pra o futuro elas são a esperança? Tamo fodido!
Esperanças destruídas e as verdades mascaradas
Do jeito que o Brasil vai teremos uma pátria armada
Morrem nos hospitais os pobres desamparados
Tanto problema ai e a bola rola no gramado
E ela rola em direção a decadência do brasil
Pobre morre na favela e rico finge que nem viu
Puta que pariu onde o mundão vai parar?
O que me resta é as orações e pedir forças pra Jah
Pra ele me ajudar meus passos me guiar
Honrar minha quebrada em qualquer lugar que eu vá
Vou transformando em arte poemas com bumbo e clap
E os hipócritas ainda vem querendo criticar o rap
Mas o rap traz a paz e a leva mais além
Se rap é coisa de malandro eu sou malandro também
Rap traz a paz e a leva mais além
Se rap é coisa de malandro eu sou malandro também
Hipócritas escutem o que eu vou falar
Se vocês querem a mudança mudem a forma de pensar
A verdade aqui é dita, vivida
vocês que não querem enxergar
Pedem revolução mas com a bunda no sofá
até hoje os preto vai, lembrar dos capataz
Cada marca no seu peito lembra quem ficou pra traz
A alma dele traz a ferida que não sara
A tristeza de um peito de um herói que nunca para
Príncipe da cor guerreiro sofredor
Quem foi que te falou que a escravidão já acabou?
Oh senhor, olhai por noz e estendei tua mão
A uma mãe que chora por não poder dar ao filho um pão
Ou então, o que desandou da picadilha
Pois teve que roubar pra alimentar sua família
Que pilha, que treta, que fita, que cena
Circo dos horrores montado sem nenhum problema
Onde o riso do palhaço é o que vale a uma mãe chorando
Em cima do seu filho perfurado e sangrando
A tristeza que comove o coração de um sofredor
Se você perdeu lutando é por parte um vencedor
Um que falta é o amor nos vermes que se criou
Na cobrança da trincheira da madruga pipoco
Rap bom é o que arrepia sem cobrar a mão de obra
Não vacila na quebrada que a quebrada, cobra!
E a cobrança da quebrada pode crê vai ser sinistra
Tá pra lá de bagdá os boy daqui são terrorista
Com pique de artista e força de sanção
Sigo a batida que bate meu coração
Som que abre a mente e alivia o stress
Arrepia até a alma o nome disso é rap
E o rap traz a paz e a leva mais além
Se rap é coisa de malandro eu sou, malandro também
Malandro também, malandro também
se rap é coisa de malandro eu sou
Malandro também!