"Que a vida é boa, é", ela disse com lágrimas nos olhos
"E a vida não passa de um dia, da mais bonita e fina alegria". Mas vida também sabe sorrir com dentes de chumbo e te derrubar de cima do muro e te perguntar:
"Você sabe, sinceramente, o que é o amor?"
Me faça o favor e me diga o que eu fiz
Me diga onde eu deixei tudo por um triz
Esclareça essa mente inóspita
"Morro porque não morro", ele disse
Os olhos vermelhos, os braços cruzados
Mas você quer fazer da queda o seu próximo passo, fazer o circo pegar fogo na fagulha do seu maço, dizendo "nunca", "de vez em quando", "sempre", "às vezes", "talvez"
"E sou eu quem nunca vai esquecer esses fatos vis, sou quem ainda tranca a fechadura antes de dormir, sou eu quem sempre pede que me digam o que eu fiz"
[...]
Me faça o favor e me diga o que eu fiz
Me diga onde eu deixei tudo por um triz
Esclareça essa mente inóspita
"Entre se perder e se encontrar estava Paris", por muito tempo isso ainda vai ficar chapado na minha íris