Protegida pelos contrafortes
Das altas montanhas de Minas
Driblando o tempo, de maneira ladina
Ainda parece menina
Isto é Leopoldina, sonora verdade
Mineira Gostosa, minha cidade
De longe seus filhos lhe amam
De perto seus filhos reclamam
Condenam sua vida tão calma
Mas lhe querem no fundo da alma
Centenária vaidade, retendo o tempo
Sentindo saudades, seus melhores momentos
Águas passadas já são gotas de chuva
Filosofia de estrada, vã literatura
De rimas quebradas
Rebuscando suas velhas histórias
Era apenas um pontinho no mapa
Mais verde, mais culta, pacata
Athenas da Zona da Mata
Alienada em função do futuro
O ócio desprende do gênio
Da bela da Mata que espera no escuro
A luz do terceiro milênio